terça-feira, 20 de janeiro de 2015

As memórias da guerra no documentário “Angola nos Trilhos da Independência”.

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O projecto Angola nos Trilhos da Independência tem atiçado a curiosidade de muita gente. Foram 57 meses, 900 horas de material audiovisual recolhido em território angolano e internacional, cerca de 700 depoimentos de protagonistas da luta anticolonial. Tudo isto destinado a preservar a memória de um período na História que diz respeito a Angola e à luta de todos os povos sob ocupação colonial cujas memórias padecem ainda de ser registadas e pensadas.

por Marta Lança no jornal Rede Angola

Uma epopeia de grande fôlego que implicou um sem fim de viagens, adversidades, muita poeira e entusiasmo. Nela, a equipa (e, futuramente, nós) ficou a conhecer um país sob todas as suas diversas camadas: campo, cidade, interior, litoral, etnias, línguas, idades e modos de vida.
Muitas personagens cujos testemunhos foram gravados, já morreram entretanto, o que demonstra a urgência deste projecto cujo resultado sai este ano na senda das comemorações dos 40 anos da Dipanda.
O general Paulo Lara foi, com a associação Tchiweka, o mentor dos Trilhos da Independência. Mas esta aventura não seria possível sem a dedicação, competência e curiosidade dos jovens da Geração 80: Mário Bastos, Jorge Cohen, Tchiloia Lara e Kamy Lara.
Nascido no ano do famoso manifesto do MPLA (1956), no seio de uma família em tudo implicada na causa nacionalista, Paulo Lara andaria com o pai (Lúcio Lara) por lugares estratégicos da luta: Guiné-Conacry, Alemanha, Marrocos, Léopoldville, chegando a conhecer Amílcar Cabral e muitas peças-chave envolvidas nesta guerra. Também ele foi, durante dois anos, guerrilheiro nas matas de Cabinda. Já em pleno século XXI continua a surpreender-se pelo museu vivo que este assunto vai urdindo. Conta-nos pormenores sobre um projecto tão megalómano como fundamental.

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Equipa Trilhos a entrevistar no Kwanza Sul. Paulo Lara junto à câmara. ATD/G80

 Como e quando surgiu a ideia de recolher estes testemunhos sobre a luta anticolonial?

A ideia deste projecto surgiu na esteira do trabalho da Associação Tchiweka de Documentação, que criou as bases necessárias para o arquivo e conservação de diferentes tipos de materiais históricos, para consulta organizada de livros e documentos do período da luta de libertação, como instituição de utilidade pública.
O crescente surgimento de mais publicações de investigação e memórias, um clima mais sereno depois de um largo período de confrontações, e a idade geralmente avançada dos actores do período da luta de libertação, tornavam não só urgente como oportuna a recolha de testemunhos daquele período.
Após um adiantado trabalho de pesquisa, realizado ao longo de anos, em 2009 surgiu-nos a ideia de um projecto abrangente de recolha de memórias de pessoas, sem distinção de filiação partidária ou religiosa, ligadas directa ou indirectamente à luta de libertação, nacionais ou estrangeiros em diferentes províncias e países, aproveitando para assinalar locais de importância histórica e culminando com a apresentação de um documentário seis anos depois nas comemorações do 40º aniversário da nossa independência. Mas ter ideias é muito bonito. A sua materialização é um pouco mais complicada e delicada…
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Projecção em Sachimbanda, Moxico. ATD/G80

Como conseguiram concretizá-la?

Se já possuíamos o material de base para a investigação, faltava-nos tudo o resto: uma equipa de trabalho, um apoio profissional em investigação histórica, o material e o financiamento. Ao pesquisar um pouco o nosso mercado, e fazia questão de trabalhar principalmente com angolanos, preferencialmente jovens, os montantes que me iam surgindo eram simplesmente assustadores, com a agravante de uma disponibilidade reduzida de tempo por parte do pessoal técnico existente – quando o trabalho idealizado obrigava a tempo integral. Foi durante estas pesquisas que surgiu a proposta dos que viriam a integrar a Geração 80 (o Jorge Cohen [produtor], o Mário Bastos [realizador] e a Tchiloia Lara [relações públicas]) predispondo-se todos a aderir ao projecto em 2010, deixar o trabalho que realizavam e, sobretudo, participar nos riscos do primeiro ano de trabalho em que as possibilidades financeiras ainda eram uma incógnita. A este grupo veio juntar-se a Kamy Lara (imagem), a Conceição Neto (consultora de História), a Paula Simons (consultora de comunicação) e o Manuel Paim (técnico).

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Domingas Kissanga, Bengo (Cage-Mazumbo). ATD/G80

Que estratégia guiou prioridades na recolha de depoimentos?

O objectivo das entrevistas era recolher de uma forma abrangente, sem distinção de organizações política, religiosa ou outras, mas igualmente sem distinção de grau de responsabilidades. Tínhamos uma lista prévia de pessoas a entrevistar que se foi enriquecendo ao longo das entrevistas e em função das nossas deslocações. Até ao momento contamos com 671 pessoas entrevistadas e um total de 894 horas gravadas e filmadas. Em Angola, das 527 entrevistas realizadas, 37% foram em Luanda e 63% nas outras províncias. A experiência foi-nos ensinando que de nada valia estarmos amarrados a prioridades, mas sim à disponibilidade das pessoas. Esse foi um dos problemas que tivemos em quase todas as cidades angolanas. Já no interior do país, nas aldeias e municípios foi mais fácil obtermos a colaboração das pessoas.

 E conseguiram abarcar pessoas de várias tendências políticas?

Até ao momento, de todos os entrevistados, mais de metade foram do MPLA, 105 foram da FNLA e 53 da UNITA. Os restantes de outras organizações ou pessoas independentes.
Há que salientar também a obtenção de valiosos testemunhos nas nossas deslocações a outros países como Cabo Verde, Cuba, França, Ghana, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, Zâmbia…
Não tivemos tempo de estabelecer um levantamento estatístico mas geralmente encontra-se numa média entre os 60-70 anos, com algumas excepções dos que eram crianças na altura.
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ATD/G80

Os testemunhos provêm de dirigentes e protagonistas mas também de figuras mais anónimas.
As testemunhas foram heterogéneas. Desde presidentes, ou ex-presidentes, como o Pedro Pires, Aristides Pereira (já falecido), Joaquim Chissano, Kaunda; de importantes dirigentes da luta como os generais Dino Matrosse (MPLA), Samuel Chiwale (UNITA) ou Tonta Afonso (ex-FNLA); de eminentes figuras como o Bispo Emílio de Carvalho ou o Reverendo Chipenda; de figuras internacionais como Osmany Cienfuegos, Jacques Vergès (já falecido), da ex-Revolta do Leste e ex-Revolta Activa; até simples combatentes que representam a grande maioria dos entrevistados.

Que tipo de informações foram descobrindo?

Tivemos a oportunidade de aprofundar dados sobre, por exemplo, a famosa “Operação Macaco”, sobre os lendários “Ferraz Bomboko”, “Pedro Vida”, “Kwenha” ou “Samuimbila”…. Enfim, foram várias as informações que vieram enriquecer a nossa história e que merecem ser estudadas e aprofundadas.
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Recriação de Teatro sobre a Independência, Moxico (Ninda). ATD/G80

Em que condições preparava as entrevistas?

O trabalho que realizamos não é académico, em que o investigador tem um tema de trabalho pré-definido e as suas perguntas incidem fundamentalmente na busca de dados sobre este tema. No nosso caso, havia que aproveitar a história de vida de cada um dos entrevistados para explorar ao máximo a sua presença em acontecimentos por nós já predefinidos como objectos de investigação. Quando se tinha um conhecimento biográfico prévio da pessoa a entrevistar, tornava-se mais fácil preparar previamente as perguntas necessárias. Mas a maior parte das vezes, foram entrevistadas pessoas que pouco conhecíamos e sem dados dos mesmos. Ao escutarmos a sua história de vida íamos aprofundando os dados que nos interessavam.

Como considera essa perspectiva biográfica na grande narrativa da História?

As histórias de vida deverão merecer muita atenção por parte dos historiadores por todas as implicações subjectivas relacionadas com a própria memória, os interesses pessoais, o momento em que foi feita a entrevista etc… Mas isso são aspectos que já dizem respeito a quem irá usar essa documentação, e não é disso que se trata actualmente. Mas não há dúvida que as histórias de vida são uma componente importante da narrativa da História.
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José Matoca Lumana, Moxico (Lumbala Nguimbo). ATD/G80

 O objecto final é um filme, uma série? Poderemos aceder às entrevistas na íntegra?

O objecto final é, por um lado, a apresentação de um documentário baseado no trabalho realizado até ao momento e que servirá não só para estimular a nova geração sobre o período da luta de libertação como para divulgar também os produtores ATD e G80, bem como os patrocinadores. Mas tem igualmente por objectivo, e mais importante ainda, a criação de um arquivo audiovisual que, logo que organizado e com as instalações apropriadas, poderá ser consultado e usado pelo público, salvaguardando-se alguns depoimentos que, por orientação do entrevistado, total ou parcialmente, só serão disponibilizados em tempo acordado com o mesmo.

Como foi trabalhar com a Geração 80, numa vivência intergeracional destes assuntos?

Foi uma experiência muito interessante. Evidentemente que no primeiro ano houve algumas dificuldades de compatibilidade no trabalho e o surgimento de algumas contrariedades, mas que eram absolutamente naturais num período de adaptação. Mas não é comum encontrar-se hoje em dia jovens profissionais, com capacidade e qualidade de trabalho, que aceitam estar vinculados a tempo inteiro durante seis anos a uma tarefa que, não obstante ser uma forma de projectar o nome da produtora (a Geração 80), limita grandemente a sua margem de trabalho.

Foram-se adaptando às contingências no terreno?

Sendo “meninos da cidade”, foi agradavelmente surpreendente a maneira como se integraram perfeitamente com as populações no interior do país, adaptando-se às diferentes comidas, às adversidades de alojamento e a terem uma atitude profundamente profissional no trabalho com um elevado nível de disciplina e “espírito de missão”. Vem-me agora à memória alguns momentos marcantes ao longo do nosso Trilhos.
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Equipa Trilhos na margem do Zambezi (Lumbala Caquengue). ATD/G80

Conte-nos alguns episódios…
Durante a visita a uma das antigas bases nas matas e montanhas do Bengo, onde depois de horas de marcha, perante a recusa de Kamy em ser ajudada a carregar o material, um dos ex-combatentes que nos acompanhava exclamou: “Essa mulher aguenta muito! Parece guerrilheira!”; ou com o Jorge, na Zâmbia, ao mergulhar de uma canoa que virou, ter não só o reflexo de tentar salvar o material que levava – e que acabou por avariar-  como, ao contrário de parte dos acompanhantes que queriam desistir da travessia do rio, ter sido o primeiro a subir novamente na canoa e incitar à continuação do trabalho.
Foi e é igualmente interessante acompanhar a evolução da equipa ao longo dos anos e o interesse cada vez maior sobre a história, ou estórias, deste período da nossa luta, de ver o contentamento do Mário ao descobrir novo material nos diferentes arquivos; da Kamy a cantar em kimbundu, umbundo, tchokwe ou mbunda as músicas que foram gravadas; ou ainda as inovações que o Jorge tem conseguido num trabalho extraordinário de elaboração de bases de dados sobre o trabalho realizado.
Hoje praticamente cada um é responsável e conhecedor da sua área. Foi e continua sendo sem dúvida uma experiência intergeracional muito interessante.
que-nos melhor a geografia das viagens. 
Foi sendo definida em função das investigações realizadas, procurando alargar as entrevistas a pessoas que permaneceram nas áreas onde se desenvolveu a luta e obter no terreno imagens de locais que pudessem ter guardado alguns vestígios de acontecimentos ou de vivências de alguns dos actores. Seria igualmente uma oportunidade para o registo de actividades culturais.
Foi assim que, em mais de 20 mil quilómetros percorridos de carro em Angola e na Zâmbia, passando por cidades e aldeias de mais de três dezenas de municípios em onze províncias, para além das entrevistas, registaram-se mais de 80 localidades históricas.

Que respostas procuravam no estrangeiro, em termos de alianças internacionais da luta?

No estrangeiro, procurou-se, em primeiro lugar, contactar actores das antigas colónias portuguesas (Guiné, Cabo-Verde e Moçambique) e aprofundar os aspectos comuns da luta, a coordenação de actividades, o sentimento de pertença a uma comunidade que, posteriormente, se viria a manter. Mas também era preocupação podermos registar pessoas e lugares que tiveram algum vínculo a esse período da luta como foi o Ghana, onde não só residiram vários angolanos de diferentes organizações, como os primeiros guerrilheiros de movimentos de libertação treinaram; e outros países como Portugal, Cuba e França. Nestes países foram entrevistadas mais de uma centena de pessoas e registadas cerca de três dezenas de lugares históricos.
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No rio. ATD/G80

 Foi o Paulo que conduziu as entrevistas?

A maioria das entrevistas, mas houve igualmente entrevistas da Dra. Conceição Neto e algumas de Luciano Canhanga.

Que personagens e histórias lhe interessaram mais?

É difícil dizer, tivemos desde aquelas que se abriram totalmente e deram entrevistas muito interessantes, até aos casos de pessoas que que se sentia que estavam nitidamente a fugir às respostas. Mas na sua grande maioria, todas tiveram narrativas que de uma ou outra forma enriqueciam as informações existentes.

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Posto Fronteiriço de Caripande (Angola-Zâmbia)

 Sentiu que foi um processo de trabalho bem acolhido pela sociedade angolana no sentido de participarem?

De uma forma muito geral, sem dúvida nenhuma. Por vezes até fiquei espantado, principalmente por parte de certas organizações políticas. Aproveito até para agradecer publicamente o importante apoio que tive do General Samuel Chiwale da UNITA, que facilitou o contacto com vários elementos da sua organização e a estadia de uma semana junto às populações na nascente do Lungue-Bungo.
É evidente que existiram algumas dificuldades, mas nada do que se esperava inicialmente.

Refere-se a constrangimentos políticos?

Constrangimentos houve e há, mas, de modo geral, não tivemos obstáculos na realização do nosso trabalho.

Que conclusões mais surpreendentes teremos a tirar deste mosaico do movimento Nacionalista?

Virão à posteriori, quando se trabalhar na análise do conteúdo das entrevistas realizadas, quando forem confrontadas com documentos, com outras entrevistas, outros estudos. Mas tenho a certeza que os investigadores, estudiosos, historiadores e outros interessados encontrarão muitos dados que ajudarão a chegar a algumas interessantes conclusões.
No aspecto pessoal, foi emocionante reviver momentos de forte sentimento patriótico, de desprendimento de bens materiais e financeiros e, em muitos dos entrevistados, em relação à própria vida.
Foi sim o período em que, daquele “mosaico nacionalista”, com todas as suas contradições e diferenças, mas com elevado sentido patriótico, foram dados os mais importantes passos na construção da nação angolana e na afirmação da sua identidade.
Soba Armindo Calungahebo, Malange. ATD/G80
Soba Armindo Calungahebo, Malange. ATD/G80

Como conseguiram financiar um projecto desta dimensão?

A associação Tchiweka de Documentação (ATD) aprovaria o projecto, passando a ser a sua produtora e primeira patrocinadora, para além de alguns particulares anónimos, permitindo assim a compra do primeiro material audiovisual. Foram iniciados vários contactos neste período com vista à obtenção de apoios, tendo sido a Toyota, através do seu director, a primeira empresa que acreditou e disponibilizou duas viaturas Land Cruiser. A partir do segundo ano de trabalho (2011), já com os primeiros resultados obtidos, começámos a ter novos apoios, que foram financeiros ou de permuta – oferta de saldos telefónicos, de transporte… principalmente do BPC, Movicel, BAI, TAAG, Sonangol, Odebrecht e Griner. A nível institucional, destacaram-se os apoios em contactos e instalações dos Ministérios dos Antigos Combatentes, através dos delegados provinciais, e da Administração do Território, através dos Governos Provinciais, bem como das Forças Armadas Angolanas em transporte. É de destacar, durante os trabalhos no terreno, a participação de Manuel Tomás Francisco, Tchiyna Matos, Romeu Mateus, Arlindo Romero, Luciano Canhanga, Edvaldo António, Hindhyra Mateta, Alexandre Yewa e Aires Walter. Desta forma fomos concretizando os Trilhos. Mas há sobretudo que realçar a disponibilidade e abertura da maioria dos que foram entrevistados e principalmente o carinho com que fomos recebidos pelas populações nas diferentes aldeias por onde passamos e acampamos.
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Túmulo do Hoji Ya Henda, Moxico (Caripande). ATD/G80

 Como enquadrar este projecto no âmbito do trabalho da  Associação Tchiweka de Documentação (ATD)?

O projectoAngola nos Trilhos da Independência tem atiçado a curiosidade de muita gente. Foram 57 meses,900 horas de material audiovisual recolhido em território angolano e internacional, que contem cerca de 700 depoimentos de protagonistas da luta anticolonial. Tudo isto destinado a preservar a memória de um período na História que diz respeito a Angola e à luta de todos os povos sob ocupação colonial cujas memórias padecem ainda de ser registadas e pensadas.
A Associação Tchiweka, criada em 2006, tem por objectivo principal a recolha, conservação e divulgação de documentos, fotografias e outro material relacionado com a luta de libertação e pela soberania nacional. Tem feito, na medida das suas muito reduzidas possibilidades, um trabalho neste sentido, através da edição de livros, apoio a alguns investigadores e recepção de vários arquivos pessoais. Este projecto virá enriquecer o Centro de Documentação com um arquivo audiovisual bastante importante e provavelmente inédito em África, e digo isso citando o Professor Elikia Mbokolo, que ainda no início do projecto, ao visitar a ATD, o felicitava pela sua importância e originalidade.


Fonte: http://www.geledes.org.br/memorias-da-guerra-no-documentario-angola-nos-trilhos-da-independencia/#axzz3PN1WiODd.


 Leia a matéria completa em: As memórias da guerra no documentário “Angola nos Trilhos da Independência” - Geledés 
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Portal biobibliográfico de Carolina Maria de Jesus VIDA POR ESCRITO


O portal biobibliográfico Vida por escrito é parte do projeto "Vida por Escrito - Organização, classificação e preparação do inventário da obra de Carolina Maria de Jesus", contemplado pelo Edital Prêmio Funarte de Arte Negra, categoria Memória, em 2013. Aqui estão reunidas informações sobre a vida e a obra da escritora. O conteúdo inicial é resultante da coleta de informações através de pesquisas nas instituições custodiadoras que abrigam partes de sua obra, e de pesquisa e levantamento bibliográfico sobre Carolina Maria de Jesus. O conteúdo será constantemente atualizado e revisado, além de estar aberto à colaboração de pesquisadores e leitores da obra da escritora.


Sobre o projeto Vida por Escrito

As cinco etapas propostas neste projeto representam um esforço concentrado de recuperar, preservar e promover o debate em torno da produção dessa escritora cuja imagem vem sendo constantemente construída com base em sua rápida e fugaz popularidade e no reducionismo impresso nos estudos até hoje realizados sobre sua importância nas letras nacionais. Assim, as cinco etapas atenderão às seguintes demandas:
a) Organização, classificação e mapeamento do acervo da escritora Carolina Maria de Jesus;
O conjunto da obra de Carolina Maria de Jesus encontra-se, atualmente, disperso em diferentes instituições custodiadoras. O levantamento arquivístico e a descrição detalhada do conjunto da obra não conta com um inventário que permita ao pesquisador conhecer a totalidade da obra e, a partir daí, fazer escolhas pontuais sobre o que e onde pesquisar. Apesar de incorporado aos acervos das instituições, um inventário de arquivo ou guia ou catálogo seletivo mostra-se um instrumento de pesquisa altamente necessário para a difusão e ampliação das pesquisas da obra de Carolina. Dentre as instituições que hoje abrigam os documentos da escritora, encontra-se o Arquivo Público Municipal de Sacramento, Minas Gerais, cidade natal da escritora. Nesse arquivo, encontra-se grande parte dos cadernos manuscritos, contendo diários, romances, contos, poemas, provérbios, peças teatrais, etc. Doado ao arquivo em 1999, o conjunto de documentos permaneceu, até 2013, sem um arranjo arquivístico apropriado e, também, esteve acondicionado de forma imprópria. Como parte das ações inscritas nesse projeto, foi possível fazer não somente o arranjo arquivístico como também acondicionar o material de maneira adequada. Além disso, esforços constantes têm sido feitos para conscientizar a administração municipal a tomar as devidas precauções e medidas para preservação do acervo contido no Arquivo Público Municipal de Sacramento (clique aqui para ver imagens do acervo de Carolina Maria de Jesus, no Arquivo Público Municipal de Sacramento, em várias etapas do trabalho).

b) Preparação do inventário da obra da autora para publicação, objetivando incentivar a pesquisa de sua obra por parte de instituições e pesquisadores independentes;
   
Carolina Maria de Jesus

A revolta interior de Carolina levou-a não somente ao gênero diário, aqui funcionando como um interlocutor ideal, mas também a outras manifestações literárias dessa revolta diante da fome e da miséria: romances, contos, histórias curtas, poemas e máximas. Compreende-se que a dimensão alcançada por seus escritos diarísticos tenha ofuscado o restante de sua produção, cuja repercussão tem sido mínima ou inexistente. Entretanto, Carolina revelou-se e revelou o outro e suas condições de vida também através desses escritos que hoje necessitam estar ao alcance do público leitor. Dessa forma, pretende-se, como resultado do estabelecimento e classificação do acervo da escritora, publicar o inventário de sua obra, com descrição e localização do material. Essa etapa é de extrema importância pois permitirá uma acesso a uma parte obra de Carolina Maria de Jesus que vem sendo ignorada, devido à ausência de um catálogo de sua produção. Esse inventário do acervo será publicado e enviado a instituições de ensino e pesquisa e divulgado para conhecimento amplo de quem quer que venha a se interessar em explorar mais a riqueza da obra ainda desconhecida dessa escritora.
            c) Composição de um sítio na Internet dedicado a Carolina Maria de Jesus, contendo biografia, bibliografia comentada, fac-símiles de manuscritos, fotografias e artigos críticos;

            Tendo como objetivo principal a criação de um arquivo digital disponibilizando informação para pesquisadores e estudantes, o sítio na Internet agruparia não a descrição dos itens constantes do acervo de Carolina, como também sua biografia, bibliografia comentada, artigos críticos, arquivo foto biográfico, com o intuito de estabelecer uma rede de interesse comum entre pesquisadores e estudantes da obra dessa escritora. O crescente interesse dos estudos literários por arquivos e construções de memória também se associa ao contexto das novas tecnologias, já que estas, ao mesmo tempo em que facilitam o resgate, o armazenamento e o acesso aos dados compilados, criam novos nexos com outros objetos de interesses afins.
            d) Organização de um ciclo de debates sobre a obra da escritora, privilegiando uma visão ampla de seu percurso, visto pela perspectiva da crítica literária brasileira e internacional. Clique aqui para ver imagens do Encontro Nacional "Em torno de Carolina Maria de Jesus - Para além dos diários, realizado nos dias 26 e 27 de novembro de 2014, no Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ.

LINK DO SITE: http://www.vidaporescrito.com




domingo, 18 de janeiro de 2015

ODARA: Conheça o artista que faz uma homenagem as mulheres negras de todo o Brasil

ODARA: Conheça o artista que faz uma homenagem as mulheres negras de todo o Brasil
por Diane Lima
Foi conhecendo os talentos da Feira Preta com nossa amiga e colaboradora Juliana Luna, nome que anda inspirando e fazendo a cabeça de meninas negras de todo o mundo e que também está nos recebendo aqui no Rio de Janeiro para uma missão que resume muito de tudo o que falamos sobre ser mulher, negra e criativa NoBrasil (logo, logo muitos detalhes!) que nos deparamos com o trabalho incrível do Muha Bazila, um baiano de 24 anos que de cara, nos encantou. Tendo como referência e musa sua própria mãe, a militante e pesquisadora Maria Luiza Junior, Muha que desenha desde pequeno criou a série de pinturas Odara que tem como objetivo, valorizar e celebrar a beleza de nós mulheres negras em traços que são pura poesia.
Contemporâneo ao mixar referências de beleza, moda e atitude nos conectando ainda com a nossa ancestralidade, Odara nos deixa um recado sobre a importância de ocupar espaços e criar diálogos que reforçam o posicionamento sobre como queremos e podemos ser representadas.
Que sejamos cada vez mais exemplos de auto-estima e empoderamento umas das outras.
Confere a entrevista:
NoBr: Muha, conta um pouco ! De onde você é, quantos anos e como chegou na pintura/arte?
Eu nasci em Salvador em 17/02/90 e tenho 24 anos. Desenho desde pequeno e provavelmente o desenho foi a primeira atividade que me encantei. Quando criança, aos 7 anos, já em Brasília, entrei para uma aula de desenho e pintura pela primeira vez, fiz 1 ano, depois outro ano de pintura a óleo quando voltei a Salvador, aos 10 anos. Depois passei um longo período desenhando e pintando esporadicamente. Foi no segundo ano de faculdade de Arquitetura e Urbanismo na UNB, que voltei a desenhar com frequência inspirado em uma professora que além de arquiteta era artista plástica também, a Dulce Schunk.
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No Brasil: No seu trabalho a relação com a representatividade da cultura negra é sempre presente. Pode falar um pouco da pesquisa e das referências que te direcionam?
Comecei pensando em uma forma de representar os cabelos afros. Por uma preferencia estética. O resultado acabou surpreendendo, além dos elogios pelo trabalho percebi uma reação positiva aos questionamentos gerados pelas sequencias de mulheres negras. Foi aí que decidi seguir por essa linha inicialmente. Fui criado em meio a militância, minha mãe, Maria Luiza Junior, é militante e pesquisadora de temas raciais. Hoje em dia esse convívio com a militância também se reflete em boa parte de minhas amizades. Por todo esse histórico sei da importância de estar sempre nos valorizando. O trabalho que faço acredito ser uma forma de contribuir para a valorização da estética negra. Acho importante valorizar esteticamente a mulher negra, sem necessariamente a sexualizar. Valorizar o cabelo afro, sem o carnavalizar. A escolha do nome ODARA para série de mulheres negras traz um pouco da intenção de exaltar sua beleza. Para meus trabalhos possuo um banco de imagens de referencias de modelos, com características que abordo em meu trabalho.

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3) Projetos futuros, planos e alguma novidade que possa nos contar?
Pretendo continuar com a série Odara mas talvez seja a hora dos rapazes também….. Outro objetivo é retratar o Brasil, da forma que eu vejo. Axé!

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Fonte: Leia a matéria completa em: ODARA: Conheça o artista que faz uma homenagem as mulheres negras de todo o Brasil - Geledés 
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A salvação da humanidade está nas mãos da Mulher

"Lembre-se: a união amorosa da mão do homem com a da mulher é o elo que lhes permitirá entrar em contato com o universo. Porque quando a mão do homem toca a mão da mulher, está tocando o caminho que conduz a eternidade".

A salvação da humanidade está nas mãos da mulher que reconhece o seu próprio poder, e se encontra com outras mulheres, para unidas salvar a terra.
Em sua longa jornada de aprendizado a mulher será capaz de encontrar a sua força de vontade, coragem, conhecimento e energia necessária para mudar o curso de sua história, tornando cada dor, cada solidão, cada tristeza, um mundo de alegria, de amizade e realização.
Como se aprende a ser uma mulher de verdade?
Estudando atentamente a natureza. 
A verdadeira mulher se descobre na sua verdade e segue o seu caminho plenamente consciente de si mesma.
A arma mais poderosa de uma mulher é a sua energia interior, que protege tanto a ela como tudo o que ela ama.
É por essa razão que terá que aprender a descer ao seu mundo interior: só quando você descobre a sua verdadeira essência, você poderá usar toda a sua energia interior.

Um homem que está perto de uma verdadeira mulher, torna-se divino!
Para descobrir os mistérios da divindade, o homem deve penetrar no coração da mulher, porque a Pachamama quer aquilo que a mulher deseja.
Se a Pachamama é o amor, também a mulher é. 
O homem deve considerar as mulheres como a versão da Natureza criadora cuja moral se baseia no respeito à vida.
Através da mulher o homem pode alcançar o Absoluto, é por isso que é tão importante para ela direcionar a sua própria energia. Se você pode construir essa ponte de energia, o homem saberá que ela é o caminho capaz de conduzi-lo para a divindade.

"O profezia da curandeira" Hernan Huarache Maman



sábado, 1 de novembro de 2014

FILOSOFIA E CINEMA – NAS SUAS MÚLTIPLAS LINGUAGENS CULTURAIS



FILOSOFIA E CINEMA – NAS SUAS MÚLTIPLAS LINGUAGENS CULTURAIS



A partir de uma linguagem simples, porém técnica e científica, o projeto pretende difundir o conhecimento filosófico informalmente através do cinema e de documentários temáticos. Palco para debates e questionamentos críticos e reflexivos.

Participe e traga seu coletivo, escola, etc.
Com Rafael Torres (Pólo Monte Zion) 


Dia 5/11 | DOCUMENTÁRIO: PHATYMA
Moçambique, 2010, 9 Min. e 49 seg.
Roteiro: Paulina Chiziane Direção Luiz Cha.
Trilha sonora: pelo reggaeman moçambicano Ras Haitrm.ves.
Gênero: Literatura Africana.
De acordo com o blog Cinema Africano, o curta “propõe um diálogo entre o passado e o futuro, ou melhor, entre o tradicional e o moderno. Além disso, aponta para a questão da educação no processo de formação das mulheres em Moçambique. O papel do conhecimento nesse processo”.
Phatyma – personagem criada por Paulina Chiziane mostra uma menina que vive no sul de Moçambique e traz suas reflexões acerca da vontade de conseguir unir harmonicamente suas tradições com a necessidade de modernizar-se.
Livre para todos os públicos.

DOCUMENTÁRIO: PIERRE VERGER: MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS
Brasil, 1999, 83 min.
Direção: Lula Buarque de Hollanda. Atores: Jorge Amado, Maurice Baquet, Mestre Braga, Mestre Zé, Gilberto Gil.
Narração e Apresentação: Gilberto Gil.
Distribuição: Europa Filmes.
Produção: Conspiração Filmes, Gegê Produções, GNT Globosat.
Gênero: Religiosidades de Matrizes Africanas, Identidades.
Um documentário sobre a vida e a obra do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger, narrado e apresentado por Gilberto Gil. Após viajar ao redor do mundo, em 1946, Pierre Verger radicou-se em Salvador, Bahia, onde passou a estudar as relações e as influências culturais mútuas entre o Brasil e o Golfo do Benin, na África. O filme inclui a última entrevista de Pierre Verger (filmada um dia antes de seu falecimento, em fevereiro de 1996), extenso material fotográfico e textos produzidos por Verger ao longo de sua vida, além de depoimentos de pessoas que conviveram com ele, como Jorge Amado.
Livre para todos os públicos.


FILME: KIRIKOU E OS ANIMAIS SELVAGENS
França, 2005, 74min.
Dirigido por Bénédicte Galup e Michel Ocelot.
Gênero: Animação Aventura Família.
O avô de Kirikou (Pierre-Ndoffé Sarr) conta das desventuras do garoto, cuja altura não alcança nem o joelho de uma pessoa adulta. Entre elas o avô conta como Kirikou aprendeu a ser jardineiro, detetive, artesão, doutor, comerciante e viajante percorrendo os diversos recantos da África.
Livre para todos os públicos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

FILOSOFIA E CINEMA





A partir de uma linguagem simples, porém técnica e científica, o projeto pretende difundir o conhecimento filosófico informalmente através do cinema e de documentários temáticos. Palco para debates e questionamentos críticos e reflexivos sobre temas como: ética, direito e política; liberdade e justiça social; ação humana; valores e a fundamentação da moral; religião, razão e fé; psique – análise e psiquiatria e indústria farmacêutica. Participe e traga seu coletivo, escola, etc.

Com Rafael Torres (Pólo Monte Zion) 

Dias 8 e 22/10, quartas, das 15h às 21h. Foyer.

Não é necessário retirar ingresso.

Dia 8/10

DOC: A CARNE É FRACA

Direção: Denise Gonçalves Roteirista: Nina Rosa Jacob. 2004, Brasil, 54 min.

Trilha: Gustavo Martinelli. Produzido: Instituto Nina Rosa

O documentário “A carne é fraca” foi produzido em 2005 pelo Instituto Nina Rosa a fim de provocar uma reflexão sobre as consequências do consumo da carne, sejam elas ambientais, sociais ou questões que envolvem a saúde humana e direitos animais.

Alimentação, Crueldade animal.

Livre para todos os públicos.

FILME: MARY AND MAX

Direção: Adam Elliot. 2009, Austrália, 92 min.

O filme é uma viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

Animação, comédia, drama.

Não recomendado para menores de 12 anos.

Dia 22/10

DOC: TERRÁQUEOS

Direção: Shaun Monson. 2005, EUA, 95min.

Elenco original: Joaquin Phoenix.

É um filme-documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em relação aos animais (para estimação, alimentação, vestuário, diversão e desenvolvimento científico), mas também ilustra o completo desrespeito para com os assim chamados “provedores não-humanos”. Alimentação, crueldade animal.

Livre para todos os públicos.

FILME: FREUD ALÉM DA ALMA

Direção: John Huston. 1962, EUA, 139min.

Na época retratada a maioria dos colegas de Freud se recusavam a tratar dos casos de histeria por acreditar que tudo não passava de fingimento dos pacientes para chamar atenção. Mas Freud não achava isso e passou a aplicar a técnica da hipnose, que viria a se tornar uma prática no tratamento psiquiátrico.

Não recomendado para menores de 16 anos.


Evento Facebook: https://www.facebook.com/events/261808690694918/?context=create&previousaction=create&ref_dashboard_filter=upcoming&source=49&sid_create=1168106963

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Filosofia e Cinema – Nas suas Múltiplas Linguagens Culturais

POLO MONTE ZION EM PARCERIA COM O CCJ CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SÃO PAULO
APRESENTA:
Filosofia e Cinema – Nas suas Múltiplas Linguagens Culturais




AGOSTO


1º Quinzena 
dia 13 quarta feira



DOC: A Ultima Hora, EUA, 2007 (1h35min) Dirigido por: Nadia Conners, Leila Conners Petersen
Roteiro com Leonardo Di Caprio (Narrador), Jeremy Jackson, Michael Lerner
Gênero: Globalização, Capitalismo, Economia Mundial, Aquecimento Global          Faixa Etária: Livre




FILME: CHE (Part One), 2008, (2h6min);
Dirigido por Steven Soderbergh, França, EUA, Espanha Distribuidor EUROPA FILMES
Gênero: Guerrilha, Drama, Ditadura Militar, História America Latina.                Faixa Etária: 12 anos





2º Quinzena 
dia 27 quarta feira



DOC: O Aborto dos Outros, Brasil, 2008, 73min. Direção: Carla Gallo
Gênero: Violência contra a Mulher, Políticas Publicas, Direitos Humanos.     
 Faixa Etária: 12 anos






FILME: O Mundo de Sofia 1999, 200min. Diretor: Erik Gustavson. Produção: Noruega, Suécia
Gênero: Filosofia Infantil e Juvenil                                 Faixa Etária: Livre

LOCAL: CCJ - CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE "RUTH CARDOSO"
Secretaria Municipal de Cultura
Prefeitura do Município de São Paulo
Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 - Vila Nova Cachoeirinha
02721-200 - São Paulo - SP
(11) 3984-2466 | ccj.art.br | comunica@ccj.art.br

CCJ: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/event/filosofia-e-cinema/
Facebook:https://www.facebook.com/events/1464600780457396/?context=create&ref_dashboard_filter=upcoming&source=49

quinta-feira, 19 de junho de 2014

FILOSOFIA E CINEMA: nas suas Múltiplas Linguagens Culturais.



POLO MONTE ZION EM PARCERIA COM O CCJ CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SÃO PAULO
APRESENTA:


FILOSOFIA E CINEMA: Nas suas Múltiplas Linguagens Culturais

A partir de uma linguagem simples, porém técnica e científica, o projeto pretende difundir o conhecimento filosófico informalmente através do cinema e documentários temáticos, como palco para debates e questionamentos críticos e reflexivos sobre temas como: ética, direito e política; liberdade e justiça social; ação humana; valores e a fundamentação da moral; religião, razão e fé; psique - análise e psiquiatria e indústria farmacêutica.
Participe e traga seu grupo, coletivo, escola, etc.

Com Rafael Torres (Pólo Monte Zion). 











JULHO
Dias 2, 16 e 30/07, quartas, das 15h às 21h30. Foyer.

Datas para Escolas e Centros Culturais que culminam nos temas:

04 - Dia do Cooperativismo;
09 - Dia da Revolução Constitucionalista de 1932;
25 - Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha.

1º Quinzena dia 02 de Junho quarta feira



DOC: “Blue Eyed”- Olhos Azuis, EUA, 1996, 93 min. Exercício de: Jane Elliott
Este premiado documentário de 1968 sobre racismo demonstra a segregação pela cor dos olhos a Fundamentação irracional da Moral e os Valores que determinam o agir social perante os negros nos EUA após o assassinato de Martin Luther King há 40 anos.
Gênero: Racismo, Política, Sociedade, Ética.                                                Faixa Etária: 12 anos



FILME: A Rainha do Sol, França, 2007, 74min. Direção: Philippe Lecrerc Estúdio: Focus
Este filme cheio de aventura e ensinamentos demonstra a Justiça Social como a Liberdade, que unirá os personagens num pano de fundo antropologicamente magnífico pelo deserto do Egito.
Gênero:Infantil                                                                
Faixa Etária: Livre


2º Quinzena dia 16 de Julho quarta feira



DOC: Capitalismo: uma História de Amor, 2009, EUA, 127 minutos
O documentário explora as raízes da crise financeira global de 2008, no período de transição entre a saída de George Bush e a posse de Barack Obama no governo dos EUA, as falcatruas políticas e econômicas como a Ordem Criminosa Mundial criada ganância e ambição.
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures Brasil Direção: Michael Moore.
Gênero: Globalização, Capitalismo, Política Econômica Mundial                                 Faixa Etária: 12 anos




FILME: Panteras Negras 1995, EUA, Reino Unido, 2horas 4minutos,
Este filme difunde fortemente questões como Ética, Direito e Política, relata a intolerância racial criada arbitrariamente resultando desigualdades que serão enfrentadas pelo uso das próprias Leis.
Dirigido por Mario Van Peebles Roteiro com Kadeem Hardison, Bokeem Woodbine, Joe Don Baker
Gênero: Drama, Discriminação Racial, História Política Americana.                 Faixa Etária: 12 anos

3º Quinzena dia 30 de Julho quarta feira




DOC: Vista a Minha Pele, Brasil, 2004, 15 Minutos.
Através da inversão de valores, os papeis são invertidos e numa situação de preconceito e intolerância racial, os Valores e a Fundamentação da Moral é descrita e a reflexão esteticamente se inicia. 
CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.
Argumento: Maria Aparecida Bento Coordenação geral : Hédio Silva Jr.
Roteiro: Joel Zito Araújo & Dandara Direção: Joel Zito Araújo
Gênero: Ficcional-Educativo        Faixa Etária: Livre



DOC: Os Zapatistas (1999) EUA, 55 min. Produção: Big Noise. Direção: Benjamin Eichert, Rick Rowley.
Eles representam o inconformismo de uma população decorrente do Acordo de Livre Comércio, descrevendo a necessidade que nos implica a refletir a Ética Direitos Humanos, Política Mundial e Justiça Social como lição de Vida Cultura e Educação de um povo.
Gênero: Globalização, Capitalismo, Corporativismo Econômico Mundial                        Faixa Etária: 12 anos



FILME: Cidade do Silêncio, 2006, EUA, 112 min. Dirigido por Gregory Nava
Representa a importância de refletir o papel da Mulher Negra Latina e Caribenha neste 25 de Julho, realçando a Ação Humana, Liberdade e Justiça Social corrompida por corporações capitalistas no México.
Gênero: Drama Mistério Policial Suspense, Globalização, Capitalismo                          Faixa Etária: 16 anos