sexta-feira, 19 de julho de 2013

Núcleo de Formação de Agentes de Cultura da Juventude Negra




Fundação Cultural Palmares oferece oficina de capacitação do NUFAC 2013 em São Paulo

O encontro vai esclarecer dúvidas e passar orientações sobre as condições e exigências estabelecidas no Edital, que está com inscrições abertas até 30 de julho

Representantes de entidades privadas sem fins lucrativos que atuam na área de educação e cultura poderão participar da oficina Entendendo o Edital NUFAC 2013, que acontece na próxima quinta-feira, 25 de julho, em São Paulo/SP. O encontro, que pretende tirar dúvidas e dar orientações sobre as condições e exigências estabelecidas no Edital, será realizado na próxima quarta-feira, 25 julho, às 19h, no Auditório do Ministério da Cultura.

Com recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), a Chamada Pública nº 01/2013 já está na segunda edição e vai investir cerca de R$ 4 milhões na criação de 10 Núcleos de Formação de Agentes de Cultura da Juventude Negra (NUFAC’s) – centros que vão oferecer capacitação profissional para 1.200 jovens negros e negras em todo o Brasil, entre 15 e 29 anos. Os projetos poderão ser inscritos até o dia 30 de julho.

Os agentes culturais formados pelos núcleos, ao final do processo, deverão estar aptos a desenvolver atividades profissionais no mercado de trabalho na área da cultura, inclusive nos programas do Ministério da Cultura, a exemplo dos Centros de Artes e Esportes Unificados - CEUS. No rol de cursos que poderão ser oferecidos, podemos citar o curso de cenotecnia, desenhista de moda, disc-jóquei (Dj), figurinista, operador de áudio, produtor cultural, produtor de vídeo, ilustrador, dentre outros.

As propostas deverão apresentar criatividade, inovação e articulação com outras ações e iniciativas pedagógicas.

Para conhecer as demais regras do Edital, acesse: http://www.palmares.gov.br/nufac

Serviço:
Oficina “Entendendo o Edital NUFAC 2013”
Responsável Técnica: Leila Calaça 
Data: 25 de julho de 2013
Horário: 19h
Local: Auditório do Ministério da Cultura – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos (Funarte)
Mais informações: (11) 2766-4300 ou pelo e-mail: fcp.sp@palmares.gov.br

quinta-feira, 18 de julho de 2013

CLUBES DE TROCA: O QUE HÁ DE NOVO?

CLUBES DE TROCA: O QUE HÁ DE NOVO?

Heloisa Primavera, heloisa@alliance21.org 

1. O que é um clube de trocas

Muito brevemente, um clube de trocas é o produto da decisão de um grupo de pessoas de juntar as necessidades de consumir de umas, com capacidades de produzir de outras, que não poderiam
encontrar-se por falta de dinheiro. Ou seja, pessoas que tem algo para “oferecer” e pessoas que tem algo para “consumir” fazem a troca desses produtos e serviços, sem que a presença do dinheiro seja determinante. Para fazer o “papel” de dinheiro, cria-se um bônus que serve como “informação” sobre as operações mas são produzidas e controladas pelo próprio grupo, de modo que sempre existirá a quantidade necessária para as trocas possíveis: nem mais, nem menos... Os bônus devem ser usados permanentemente, não produzem juros, portanto não servem para ser “poupados”, dai o nome de “moeda social”. Também é importante que todos os participantes produzam e consumam, sendo por isso chamados de “prossumidores”. Mais do que “clubes de troca” , preferimos denominá-los “redes de trocas solidárias”, para enfatizar o caráter socialmente útil e transformador da iniciativa.

2. O que não é um clube de trocas

No sentido assinalado anteriormente, não são necessáriamente “clubes de troca” ou “redes de trocas solidárias” aquelas iniciativas que violam os princípios de igualdade de direitos e solidariedade nas condições de produção, comercialização e consumo de seus produtos e serviços. Por exemplo, os “bons negócios” que exploram o trabalho de terceiros não são “clubes de troca” da economia solidária... As iniciativas que não usam dinheiro mas também não geram qualidade de vida e distribuição da riqueza

não são “clubes de troca” da economia solidária...

3. O que é fácil fazer num clube de trocas

Sempre que houver disposição de produzir e consumir em condições de distribuição da riqueza e dos talentos de todos, será muito fácil organizar e manter um clube de trocas solidárias. Podem consultar materiais específicos (Cartilha de Alfabetização Econômica: http://www.redlases.org.ar) ou visitar iniciativas perto de suas localidades. Quando existe experiência de organização comunitária, o clube é uma prolongação da mesma; quando não existe, sua implementação é geradora desta...

4. O que é difícil fazer num clube de trocas

Como o homem é um animal de hábitos, é preciso mexer muito profundamente em nossos hábitos de consumo para que um clube de trocas cresça e tenha impacto no grupo e na comunidade. Nesse sentido, parece fácil, mas não o é tanto... Além de usar a moeda social em vez do dinheiro, para que o sistema cresça é preciso produzir e consumir de outra maneira: dentro da maneira própria da economia solidária, que distribui a riqueza a todos e respeita o meio ambiente, com critério de desenvolvimento local integral e sustentável.

5. Qual é a maior contribuição para a economia solidária

Se tivermos que definir muito sinteticamente qual foi a maior contribuição das redes e clubes de troca para a economia solidária, com certeza diríamos que foi alterar profundamente uma equação
econômica fundamental - a equação do Mercado. Graças a eles, o dinheiro desapareceu de seu lugar fundamental, para uma boa parte do mercado representado pelo consumo de bens e serviços da vida
quotidiana.
Se o Mercado requeria para sua realização que existisse, basicamente, matéria prima, conhecimento para transforma-la, produtores para executar os bens ou serviços, consumidores para compra-los e DINHEIRO para fechar o circuito, a experiência dos clubes de troca mostrou até que ponto o dinheiro pode ser substituído pela moeda social, uma simples ferramenta produzida pela comunidade, afim de permitir as trocas entre produtores e consumidores. Nesse sentido, a experiência mais significativa dos últimos anos é a das redes de troca da Argentina, que começaram com 23 pessoas em maio de 1995 e em abril de 2002 chegaram a uma cifra estimada em CINCO MILHÕES DE PESSOAS!

Ou seja, se na economia tradicional :
MERCADO = matéria prima + conhecimento + Produtor + Consumidor + Dinheiro (escasso;)
enquanto na economia solidaria:
MERCADO=matéria prima + conhecimento + Produtor + Consumidor + moeda social (suficiente)
A escassez de dinheiro pode, então, ser enfrentada com o compromisso e a organização da comunidade, com a resposta das redes e clubes de troca!

6. Qual é a maior contribuição para a vida de uma comunidade dada?

Se reconhecemos que, ao eliminar a presença do dinheiro como fator fundamental, as redes de troca permitem as pessoas melhorar significativamente seu bem viver e o dos demais, compreendemos
também as conclusões a que chegaram um dos grupos de trabalho do Programa de Alfabetização Econômica, que definiu assim seu processo de aprendizagem profundo, logo após festejar os três meses de funcionamento impecável de seu primeiro clube de trocas:

1. A pobreza não passa de um grande mal entendido!

Podemos produzir toda a moeda social necessária para o intercâmbio de tudo o que somos capazes
de produzir e consumir!

2. A solidariedade é mesmo o melhor negócio!

Só é possível jogar o jogo ganha-ganha na economia solidária! Se aprendemos a produzir cooperativamente (em vez de competitivamente), a consumir em forma ética e responsável e a usar a moeda social em vez do dinheiro tradicional.
3. A prosperidade é mais um ponto de partida que de chegada: é compreender que os recursos do planeta são de nós todos e responsabilizar-nos por criar formas legitimas de apropriação do planeta em beneficio dos mais necessitados, que vivem fora do sistema porque acreditam que riqueza e’ dinheiro!
Como sempre, depois dos primeiros caminhos percorridos, hoje sabemos que o desafio é FAZER! E deixar de ver para crer e começar a crer... para ver!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Seminário Relações Internacionais Brasil-África na Área da Cultura



Fundação Cultural Palmares Promove Seminário Relações Internacionais Brasil-África na Área da Cultura, dias 19 e 20 de julho, em São Paulo.

O objetivo do Seminário Relações Brasil-África na área da Cultura é estabelecer um contato mais próximo com organizações e movimentos que trabalham com cultura negra, com vistas a potencializar sua inserção na agenda cultural global e qualificar as ações internacionais da Fundação Cultural Palmares. Em um mundo em que a cultura eurocêntrica domina os principais veículos de interação internacional, a idéia da oficina é dialogar sobre as relações Brasil-África-Afrodescendência no sentido de conhecer os direcionamentos do governo brasileiro no tema; discutir caminhos alternativos para a inserção da cultura negra na agenda governamental; e influir de forma qualificada nos desenhos das relações culturais e de cooperação internacional do Brasil com o continente e com a cultura negra na Diáspora. Os produtos desse diálogo serão base para um exercício coletivo de elaboração de projetos de cooperação internacional e para reflexões sobre o desenho das ações internacionais da Fundação Cultural Palmares.





III Conferência De Promoção Da Igualdade Racial Do Estado De São Paulo









http://www.justica.sp.gov.br/novo_site/Modulo.asp?Modulo=515

http://www.facebook.com/pages/III-Confer%C3%AAncia-De-Promo%C3%A7%C3%A3o-Da-Igualdade-Racial-Do-Estado-De-S%C3%A3o-Paulo/564698466914249